quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Conhecer para respeitar

Ganhamos, por engano, um peixe Tilápia. Infelizmente não poderemos criá-la no nosso aquário. Existem vários fatores que a impedem de permanecer no nosso aquário. A tilápia é um peixe agressivo, de difícil convívio com outros peixes, pois pode se servir deles. É impossível mantê-la num aquário plantado, como o nosso, porque ela se alimenta das plantas do aquário também. Tem o hábito de fazer buracos no substrato para preparar ninhos, o que destrói com qualquer decoração que possamos tentar fazer. Embora seja um animal fascinante, cresce muito, podendo atingir 30 cm e com peso de 3.5 Kg. O ideal é criá-la em tanque e não em aquário. É altamente prolífera, pode gerar 4 desovas ao ano e sua reprodução é precoce. Os ovos fecundados são em número de uma dúzia a mais de 2000. A maioria das espécies protege sua cria na boca, onde são chocados. Isso ajuda os ovos a ficarem oxigenados e os previne de serem atacados por bactérias, fungos e demais predadores. Isso explica o aparecimento no nosso aquário de aproximadamente 5 alevinos e o fato de só notarmos os danos ao aquário após algum tempo. Enquanto os filhotes estão na boca, a tilápia não se alimenta.
Retiramos os peixinhos do aquário e os colocamos em outro aquário provisório, que estava sendo montado com outra finalidade. Como estes peixes são bastante resistentes, suportando temperaturas que variam de 11 a 34 graus e pH de 5,6 a 7,7 acreditamos que sobreviverão até encontrarmos um local adequado para eles.
Fica então a orientação de que não podemos agir precipitadamente, introduzindo peixes no aquário sem antes estudarmos suas reais condições de sobrevivência, seu nicho ecológico, para evitarmos problemas e sofrimento para o bicho. Devemos conhecer para respeitar!

Andrea Bergamascki

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