quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Conhecer para respeitar
Retiramos os peixinhos do aquário e os colocamos em outro aquário provisório, que estava sendo montado com outra finalidade. Como estes peixes são bastante resistentes, suportando temperaturas que variam de 11 a 34 graus e pH de 5,6 a 7,7 acreditamos que sobreviverão até encontrarmos um local adequado para eles.
Fica então a orientação de que não podemos agir precipitadamente, introduzindo peixes no aquário sem antes estudarmos suas reais condições de sobrevivência, seu nicho ecológico, para evitarmos problemas e sofrimento para o bicho. Devemos conhecer para respeitar!
Andrea Bergamascki
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Trabalho em equipe, desafio para o mundo individualista
Publicado em 30/08/2010 por Escola da Inteligência em Opiniões interessantes
Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião das ferramentas para acertar suas diferenças.
O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse a trena, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora a única perfeita.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, a trena e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:
“Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes.”
A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e a trena era precisa e exata.
Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos…
Poesia de Cecília Meireles
equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim,
e, no jardim, um canteiro:
no canteiro, uma violeta,
e, sobre ela, o dia inteiro,
entre o planeta e o Sem-Fim,
a asa de uma borboleta."
Cecília Meireles
Um pouco de poesia
Cecília Meireles
Houve um tempo em que a minha
janela se abria para um chalé.
Na porta do chalé brilhava
um grande ovo de louça azul.
Neste ovo costumava pousar
um pombo branco.
Ora, nos dias límpidos,
quando o céu ficava da mesma
cor do ovo de louça,
o pombo parecia pousado no ar.
Eu era criança,
achava essa ilusão maravilhosa e
sentia-me completamente feliz.
Houve um tempo em que a minha
janela dava para um canal.
No canal oscilava um barco.
Um barco carregado de flores.
Para onde iam aquelas flores?
Quem as comprava?
Em que jarra… em que sala,
diante de quem brilhavam,
na sua breve experiência?
E que mãos as tinham criado?
E que pessoas iam sorrir de
alegres ao recebê-las?
Eu não era mais criança,
porém minha alma ficava
completamente feliz.
Houve um tempo em que a minha
janela se abria para um terreiro,
onde uma vasta mangueira
alargava sua copa redonda.
À sombra da árvore, numa esteira,
passava quase o dia todo sentada
uma mulher, cercada de crianças.
E contava histórias.
Eu não podia ouvir, da altura da janela,
e mesmo que a ouvisse, não entenderia,
porque isso foi muito longe,
num idioma difícil.
Mas as crianças tinham tal expressão
no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.
Houve um tempo em que na minha janela havia um
pequeno jardim seco.
Era um tempo de estiagem,
de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre
homem com um balde e em silêncio,
ia atirando com a mão umas gotas
de água sobre as plantas.
Não era uma rega:
era uma espécie de aspersão ritual,
para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas,
para o homem, para as gotas de
água que caíam de seus dedos magros
e meu coração ficava
completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas
felicidades certas, que estão diante
de cada janela, uns dizem que essas
coisas não existem, outros que só
existem diante das minhas janelas
e outros finalmente, que é preciso
aprender a olhar, para poder vê-las assim.
domingo, 18 de dezembro de 2011
Caixinhas de longa vida deixam a casa mais fresca
Uso da embalagem como isolante térmico ajuda a reduzir a temperatura nos ambientes em até 8º C
Caixinhas de leite que sempre vão parar no lixo podem ser reaproveitadas e transformadas em isolante térmico alternativo para residências e galpões, reduzindo a temperatura no interior dos imóveis em até 8º C. A utilização das embalagens Tetra Pak pode ser feita de forma artesanal, pelo próprio morador, diminuindo os custos. Outra opção são as telhas feitas de caixas de Tetra Pak recicladas, vendidas com preços até 25% menores do que os materiais concorrentes.
A idéia de reaproveitar as embalagens de forma artesanal virou tema de estudo na Unicamp e resultou no Projeto Forro Vida Longa – uma alusão ao leite Longa Vida. O professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp e coordenador do projeto, Celso Arruda, explica que a proposta partiu do engenheiro Luís Otto Schmutzler, que juntamente com professores da faculdade desenvolveu todo o processo de aproveitamento das caixinhas de Tetra Pak para uso em habitações populares. Arruda afirma que a transformação das embalagens em isolante é simples e pode ser feita por qualquer pessoa.
Como fazer
O primeiro passo é abrir totalmente as caixinhas, descolando as emendas e fazendo um corte vertical para que a embalagem fique completamente plana. Em seguida, é feita a limpeza com água, sabão em pó e um pouco de desinfetante. Depois de secas, as embalagens devem ser coladas lado a lado, com cola branca ou de sapateiro, formando uma manta sobre a laje superior da casa, abaixo do telhado.
Para o perfeito funcionamento do isolamento térmico, é muito importante que a manta não encoste nas telhas, deixando um espaço mínimo de dois centímetros para a circulação do ar. O professor da Unicamp diz que a manta de Tetra Pak bem aplicada tem o mesmo desempenho dos placas de alumínio (foils) vendidos no mercado, ajudando inclusive na proteção contra goteiras provocadas por falhas no telhado.
A explicação está na composição das caixinhas, formadas por 5% de alumínio, 20% de plástico e 75% de papelão. O alumínio reflete mais de 95% do calor, ajudando a diminuir a temperatura interna dos ambientes em até 8º C.
Baixo custo
Para Arruda, as mantas de Tetra Pak são uma boa solução para favelas, habitações populares e galpões, já que a instalação tem custo muito baixo, não exige mão-de-obra qualificada e também não há compromisso com a estética. A idéia, no entanto, tem conquistado um público maior. Recentemente, a solução foi adotada pela arquiteta Consuelo Carleto na construção da nova unidade da fábrica de calçados Pé de Ferro, em Franca (SP). No projeto, as caixinhas foram coladas no seu formato original, sem serem desmontadas antes, para redobrar a proteção térmica nos 200 m2 que cobrem a área administrativa da empresa. “As pessoas trabalham melhor com a temperatura agradável e os gastos com ar-condicionado diminuem bastante.”
Sem ir para o lixo
Ainda há o lado ecológico, já que as embalagens que vão para o lixo levam dezenas de anos para se decompor nos aterros. Para incentivar a reciclagem das caixinhas, a Tetra Pak desenvolveu uma tecnologia para que fabricantes pudessem transformar o alumínio e plástico presente nas embalagens em telhas e chapas planas. A Ibaplac, localizada em Ibaté (SP), produz mensalmente 7 mil peças, entre telhas e placas, utilizando cerca de 100 toneladas de matéria-prima. “São telhas mais leves do que as de fibrocimento, mais duráveis e mais baratas”, afirma o diretor industrial da empresa. Eduardo Gomes.
Outras oito fábricas espalhadas pelo País fabricam esse tipo de produto. Segundo o diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, Fernando Von Zuben, mais de 60 mil telhas são fabricadas mensalmente. “Além de garantirem conforto térmico, as telhas custam até 25% menos do que as de amianto ou fibrocimento.” A partir das embalagens, também são fabricados móveis, vassouras e uma série de produtos para casa.
De acordo com Zuben, 30 mil toneladas de Tetra Pak são reciclados por ano, mas o volume corresponde somente a 20% do total produzido pela empresa. “Todas as embalagens separadas na coleta seletiva são recicladas e ainda existe uma capacidade ociosa de 40% para aumentar a reciclagem”, avisa.
Unicamp: 19-3788-5125
fonte: Estadão
Desperdício de comida joga fora muita água!
Quem desperdiça comida joga fora muuuita água! Muito mais do que a quantidade que faz parte dos alimentos. Entenda por quê - e evite o desperdício!
- A A +
Danilo Rodrigues
Gloss - 11/2011
A ONG holandesa Water Footprint desenvolveu uma metodologia para calcular o consumo direto e indireto de água na produção de vários itens de nossa mesa - a tal "pegada hidrológica" que dá nome (em inglês) à entidade.
CAFÉ e CHÁ
A produção de 1 quilo de pó de café (da plantação à torragem) consome 21 mil litros de água. Uma xicrinha leva 7 gramas de pó - ou seja, gasta 140 litros para ser produzida! Já o chá sai dos campos quase diretamente para a xícara. Cada sachê consome 15 litros de água.
CARNE BOVINA
A alimentação e a limpeza de bois e vacas, mais a água gasta para lavar constantemente os abatedouros, mais a lavagem dos caminhões usados no transporte... Tudo isso somado faz com que um hambúrguer de 150 gramas seja responsável pelo gasto de 2 400 litros.
QUEIJO
Para fazer 1 quilo de queijo são gastos em média 10 litros de leite. Cada um desses litros consumiu 1 000 litros de água na sua produção (entram na conta a alimentação e a limpeza das vacas, a lavagem do veículo que transporta os galões de leite etc...).
ARROZ
Por crescer em terrenos alagados, esse alimento é responsável por 21% do uso mundial de água na agricultura. Do jeito que saiu da plantação, cada quilo de arroz consumiu 2 300 litros em média. Até chegar ao supermercado, ainda vão mais 1 100.
FRUTAS
Frutas costumam gastar menos água em sua produção: uma maçã pequena, por exemplo, usa 70 litros. Já uma penca de bananas com seis frutas consome 850. Basta processá-las que o gasto se multiplica: 200 mililitros de suco industrializado de maçã gastam 190 litros.
Rio+20
Em junho, o Brasil sediará a Rio+20, conferência da ONU que reunirá líderes do mundo todo para discutir meios de transformar o planeta em um lugar melhor para se viver. O evento será realizado no Rio de Janeiro, 20 anos depois da Eco92, que teve como protagonista uma menina de apenas 12 anos
Débora Spitzcovsky - Edição: Mônica Nunes
Planeta Sustentável
- 29/07/2011
menosaAmais
Você já deve ter lido na internet ou visto na TV que, em 2012, o Brasil será sede de uma importante conferência da ONU - Organização das Nações Unidas*: a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, apelidada de Rio+20*. Mas você faz ideia do que acontecerá durante esse evento? Do que ele representa para o nosso futuro?
Entre os dias 4 e 6 de junho, líderes dos 193 Estados que fazem parte da ONU, além de representantes de vários setores da Organização, se reunirão para discutir como podemos transformar o planeta em um lugar melhor para viver, inclusive para as futuras gerações. Uma grande responsabilidade, não é mesmo?
A ideia da realização dessa Conferência no Brasil foi do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 2007, fez a proposta para a ONU. E você sabe por que o evento recebeu o nome de Rio+20? Porque a reunião acontecerá no Rio de Janeiro, exatamente 20 anos depois de outra conferência internacional que tinha objetivos muito semelhantes: a Eco92, também promovida pela ONU, na capital fluminense, para debater meios possíveis de desenvolvimento sem desrespeitar o meio ambiente.
O evento rendeu a criação de vários documentos importantes - como a Agenda 21, a Carta da Terra e as Convenções do Clima e da Diversidade Biológica -, além de ter consagrado uma menina de - acredite! -, apenas, 12 anos.
Trata-se da pequena canadense Severn Suzuki, fundadora do movimento Eco - Organização Ambiental das Crianças, que ficou marcada na história da Eco92 ao juntar dinheiro, junto com três amigos - Michelle Quigg, Vanessa Suttie e Morgan Geisler* - para viajar para o Brasil e falar para os mais importantes líderes do planeta, na época. Em um discurso pra lá de emocionante, a menina pediu aos adultos mais respeito pelo mundo que eles deixariam para ela e suas futuras gerações. (Assista ao vídeo da apresentação de Suzuki na Eco92, no final deste texto).
Vinte anos depois, a Rio+20 reunirá os líderes de todo o mundo para fazer um balanço do que foi feito nas últimas duas décadas e discutir novas maneiras de recuperar os estragos que já fizemos no planeta, sem deixar de progredir. Mas pensar em alternativas para diminuir o impacto da humanidade na Terra não é responsabilidade, apenas, dos governantes: é nossa também. Afinal, todas as atitudes que tomamos no dia a dia - do tempo que demoramos para escovar os dentes ao meio de transporte que escolhemos para ir à escola - afetam, de alguma maneira, o planeta e, por consequência, nossa vida.
Por isso, no mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, a Cúpula dos Povos: um evento que contará com debates, palestras e uma porção de outras atividades, sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, mas que serão promovidos por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas.
A ideia é que todos os setores da sociedade discutam, ao mesmo tempo, maneiras de transformar o planeta em um lugar melhor para vivermos. Afinal, a união faz a força, certo? E até mesmo quem estiver de fora dessas duas reuniões pode ajudar, pensando em maneiras de diminuir seu impacto na Terra. Que tal tomar banhos mais curtos? Ou desligar a TV, enquanto usa o computador e vice-versa? Pense em atitudes que você pode adotar para melhorar o planeta em que vivemos e compartilhe com seus amigos, pais e professores - e, também, aqui, com a gente! Você pode incentivar muitas outras pessoas a fazer o mesmo...
sábado, 17 de dezembro de 2011
Resumo da Conferência em Durban sobre mudança climática
Publicado em dezembro 16, 2011 por HC
[Ecodebate] Se salva os mercados e não o clima. Assim poderíamos resumir o que ocorreu na recém terminada 17ª Conferencia das Partes (COP 17) das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Durban, África do Sul, celebrada de 28 de novembro a 10 de dezembro. A rápida resposta que governos e instituições internacionais deram ao estouro da crise econômica em 2008 resgatando bancos privados com dinheiro público contrasta com o imobilismo frente à mudança climática. Ainda que isto não deveria nos surpreender. Tanto em um caso como em outro ganham os mesmos: os mercados e seus governos cúmplices.
Na cúpula do clima de Durban os temas centrais foram dois: o futuro do Protocolo de Kioto, que conclui em 2012, e a capacidade para estabelecer mecanismos na redução de emissões; e colocação em marcha do Fundo Verde para o Clima, aprovado na cúpula anterior de Cancún, com o objetivo teórico de apoiar os países pobres na mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Após Durban podemos afirmar que um segundo período do Protocolo de Kioto ficou vazio de conteúdo: se propõe uma ação real até 2020 e se rechaça qualquer tipo de instrumento que obrigue a redução de emissões. Assim o querem os representantes dos países más contaminantes com os Estados Unidos a frente que advogam por um acordo de reduções voluntarias e rechaçam qualquer tipo de mecanismo vinculante. Mas se o Protocolo de Kioto já era insuficiente, e ao aplicar-se evitava só 0,1º centígrados de aquecimento global, agora vamos de mal a pior.
Em relação ao Fundo Verde para o Clima, se em um primeiro momento os países ricos se comprometeram a aportar 30 bilhões de dólares em 2012 e 100 bilhões anuais para 2020, cifras que de todos modos se consideram insuficientes, a procedência destes fundos públicos esperam para serem definidos enquanto se abrem as portas aos investimentos privados e a gestão do Banco Mundial. Como assinalaram as organizações sociais se trata de uma estratégia para “converter o Fundo Verde para o Clima em um Fundo Empresarial lucrativo”. Uma vez mais se pretende fazer negocio com o clima e a contaminação do meio ambiente.
Outro exemplo desta mercantilização do clima têm sido o aval da ONU a captura e armazenamento de CO2 como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, que não pretende reduzir as emissões e que aprofundaria a crise ambiental, especialmente nos países do Sul candidatos a futuros cemitérios de CO2.
Assim, os resultados da Cúpula apontam para mais capitalismo verde. Como indicava o ativista e intelectual sul-africano Patrick Bond: “A tendência a mercantilizar a natureza se converteu em um ponto de vista filosófico dominante na governança mundial meio-ambiental”. Em Durban se repete o roteiro de cúpulas anteriores como a de Cancún 2010, Copenhague 2009… onde os interesses das grandes multinacionais, das instituições internacionais e as elites financeiras, tanto no Norte como no Sul, se contrapõe as necessidades coletivas da gente e ao futuro do planeta.
Em Durban estava em jogo nosso futuro mas também nosso presente. Os estragos da mudança climática já estão tendo seus efeitos: liberação de milhões de toneladas de metano do Ártico, um gás 20 vezes mais potente que o CO2 desde o ponto de vista do aquecimento atmosférico; derretimento dos glaciais e das coberturas de gelo que aumenta o nível do mar. Efeitos que incrementam o número de migrações forçadas. Se em 1995 havia ao redor de 25 milhões de migrantes climáticos, hoje esta cifra dobrou, 50 milhões, e em 2050 pode-se ampliar entre 200 e bilhões de dispersões.
Tudo aponta a que nos dirigimos para um aquecimento global descontrolado superior aos 2º, e que poderia rondar os 4º, para o final do século, o que desencadearia muito provavelmente, segundo os cientistas, impactos inimagináveis , como a subida de vários metros do nível do mar. Nãopodemos esperar até o ano 2020 para começar a tomar medidas reis.
Mas frente a falta de vontade política para acabar com a mudança climática, as resistências não calam. E emulando a Occupy Wall Street e a onde de indignação que recorre a Europa e o mundo, vários ativistas e movimentos sociais têm se encontrado diariamente em um fórum a poucos metros do centro de convenções oficiais sob o lema ‘Occupy COP17’. Este ponto de encontro vem reunindo desde mulheres camponesas que lutam por seus direitos até representantes oficiais de pequenas ilhas-Estados como as ilhas Seychelles, Granada ou Nauru ameaçados por uma subida iminente do nível do mar, passando por ativistas contra a dívida externa que reclamam o reconhecimento e a restituição de uma dívida ecológica do Norte a respeito do sul.
O movimento pela justiça climática assinala como, frente a mercantilização da natureza e os bens comuns, é necessário antepor nossas vidas e o planeta. O capitalismo se mostra incapaz de dar respostas ao beco sem saída a que sua lógica produtivista, de curto prazo e depredadora nos vêm conduzindo. Se não queremos que o clima mude ha que mudar radicalmente este sistema. Mas os resultados de Durban apontam em outra direção. O reconhecido ativista ecologista nigeriano Nnimmo Bassey deixava isso bem claro com estas palavras: “Esta cúpula amplificou o apartheid climático, onde 1% dos mais ricos do mundo decidem que é aceitável sacrificar os 99% restante”.
* Josep Maria Antentas é professor de sociología da Universitat Autònoma de Barcelona e Esther Vivas, colaboradora internacional do EcoDebate, é membro do Centre d’Estudis sobre Movimentos Sociais de la Universitat Pompeu Fabra. Tradução Português: Paulo Marques.
** Artígo publicado no jornal Público, 13/12/2011.
+info: http://esthervivas.wordpress.com/portugues
Artigo enviado pela Autora para o EcoDebate, 16/12/2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Acasalamento de borboletas
A reprodução desses animais bem longe dos predadores é a garantia de preservação das espécies nativas.
Eunice Ramos
Elas nos encantam pela leveza, pelo colorido das asas e, principalmente, por terem um ciclo de vida tão complexo e ao mesmo tempo tão delicado. Envolvido neste mundo mágico, encontramos o João da Silva, zelador do borboletário do Sesc. O trabalho dele é a alma desse borboletário, que fica no coração do Pantanal, em Poconé, às margens do Rio Cuiabá.
“Para falar a verdade, eu me sinto um pai das borboletas aqui dentro, porque desde o começo da vida delas eu que começo a manipulação. É tudo comigo: coletar os ovos, o nascimento, o tratamento das lagartas”, lista.
São 14 espécies de borboletas. Cada uma com características bem diferentes. A olho-de-coruja não precisa nem de apresentação. A carijó, para se defender, procura sempre um tronco de árvore. Tem o dom de se camuflar. De aparência delicada, a ascia é também conhecida como a borboleta da couve. Já as monarcas, com suas asas cor de laranja e preta, são famosas pelas longas viagens. Vieram da América do Norte.
Mas seu João aprecia mesmo é a forma como elas se transformam. “Desde criança, eu ouvia falar na metamorfose e eu sonhava conhecer o que é uma metamorfose.”
A reprodução das borboletas bem longe dos predadores é a garantia de preservação das espécies nativas. Quem entra na casa delas pode contemplar insetos bem de pertinho.
Quando o assunto é reprodução, elas são bem parecidas. “É uma copulação de duas horas, mais ou menos, dependendo da espécie. Uma delas chega a uma hora. Uma hora grudado. Se puxar, rebenta”, diz seu João.
Elas ficam quietinhas e encaixadinhas. Não se desgrudam de jeito nenhum. Não se deixam atrapalhar nem quando têm companhia. A etapa seguinte acontece quando elas põem os ovinhos. Tão pequenos, que nem sempre resistem. Elas preferem colocar os ovos na parte debaixo da folha, onde eles ficam mais escondidos, como estratégia de defesa.
A maior parte dos ovinhos vai parar na casa das 25 famílias que participam de um projeto do borboletário. É uma alternativa de renda para pessoas como dona Maria Laurinda e dona Evanda. Elas construíram até pequenos criadouros, onde os ovos se transformam em lagartas e depois em casulos. Só então as crisálidas voltam ao borboletário.
Elas são inofensivas. E cada espécie também tem seu próprio tempo para virar casulo e ficar fechadinha.
Há sete anos criando as lagartas, o dinheiro do projeto já ajudou dona Maria Laurinda a se formar em técnica em enfermagem. São R$ 350 por mês que ela divide com a filha. Para dona Evanda, o ganho foi ainda maior. Ela conta que, com a ajuda das lagartas, se livrou da depressão.
“É uma terapia. Se você tem algum problema de estresse, você passa a criar ela, você já tem mais alguma coisa para fazer no dia a dia a dia. Aí você pode até melhorar, esquece essa depressão”, diz a auxiliar de serviços gerais Evanda Francisca da Silva.
Um ser vivo que às vezes mais parece uma joia. Já de volta ao borboletário, as crisálidas ficam adormecidas só esperando a hora de virarem borboletas. Uma vida que dura em média apenas um mês. E seu João, pai do borboletário, ajuda. Nada como um pouquinho de mel para elas ficarem mais fortes.
Seu João, de certa forma, também teve uma transformação na vida dele. Ele já foi peão de comitiva, que leva o gado até as partes mais altas do Pantanal na época de cheia, e foi ainda domador de cavalo chucro. Agora ele trabalha com as borboletas. Ele conta que foi uma mudança radical.
“Chamou a atenção até da minha família. Na época que eu liguei para a minha mãe, ela achou que trabalhar com borboleta era coisa de boiola”, ri. “Para mim foi uma mudança grande. A partir do momento que passei a conhecer os bichos, esse mito acabou. Eu troquei a força por delicadeza.”
Uma delicadeza que transforma e contagia.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Plataforma de Durban
É o nome dado ao documento que reúne os acordos obtidos na COP17 - Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU para as Mudanças Climáticas, que aconteceu em Durban, na África do Sul, entre 28/11 e 11/12/2011.
A Plataforma de Durban determina uma segunda fase para o Protocolo de Kyoto e a criação de um acordo climático global, a entrar em vigor em 2020, além de estabelecer as estruturas que devem reger o Fundo Verde para o Clima e o mecanismo de REDD+.
O sinal de "mais", acrescentado ao REDD - Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação, inclui a remuneração de atividades relacionadas à conservação de florestas, ao manejo sustentável e ao aumento dos estoques de carbono florestais em países em desenvolvimento.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Contemplar
Cabelo ao vento, sol, suor, mãos sujas de terra, cansaço. Tempo que foge sem percebermos, erva daninha que insiste e persiste
O rústico se converte em belo, o frágil em força, o simples em complexo, sem o singelo abandonar.
Trabalho que se converte em prêmio e que ninguém pode roubar.
Imagens gravadas na memória que só um poeta é capaz de interpretar.
O cheiro de terra molhada; o perfume das tão diversas flores; a visita, mesmo que por alguns instantes, das mais belas borboletas.
Somos capturados por sentimentos de orgulho e satisfação.
Valeu a pena tanta dedicação!
É a natureza dando seu espetáculo de vida!
E olhamos nossas mãos, protagonistas a esperar; mais um processo de luta, terra a lhe sujar, para no final magnificamente, contemplar.
(Andrea Bergamascki)
Texto dedicado aos alunos participantes do projeto Amigos da Vida
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Realização em 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Entrega dos certificados 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Nosso gramado!
Formação de gramados
1 - Antes de semear, faça a completa limpeza da área, removendo todo tipo de entulho, incluindo pedras, galhos e matos existentes. Prepare o solo utilizando-se de arado, grade niveladora ou enxada e rastelo até que o solo apresente-se o mais destorroado possível (“pulverizado”).
2 - Se sua área for muito infestada de mato, aplique sobre o terreno algum produto específico para matar as plantas daninhas existentes (Glifosate). Siga corretamente as instruções de uso do produto no que se refere a dosagem, carência e método de aplicação.
3 - Faça uma cobertura fina sobre todo o terreno utilizando-se de matéria orgânica (substrato ou turfa), terra vegetal peneirada ou algum condicionador de solo, se possível misturado com areia média.
4 - Nivele seu terreno com um rastelo ou um rolinho, de maneira que promova uma superfície lisa e uniforme para receber as sementes.
5 - Molhe a área nivelada e observe por pontos de encharcamento para prevenir problemas futuros com a drenagem do local. Em locais mais encharcados, recomendamos que se execute a drenagem da área antes da semeadura.
6 - Aplique calcário dolomítico numa razão de 25kg/100m2 mais um adubo “starter de formulação NPK 04-14-08 ou 04-30-10, para facilitar o desenvolvimento do sistema radicular das sementes.
7 - Faça a semeadura da área utilizando-se se um semeador ou manualmente, distribuindo uniformemente as sementes sobre o terreno. Aplique as sementes de acordo com a tabela de medidas recomendadas.
8 - Após a semeadura, passe um rolo pequeno sobre as sementes, ou aplique sobre todo o terreno uma cobertura fina com o mesmo composto usado na cobertura inicial, tomando-se muito cuidado para não soterrar as sementes (
Certifique-se de que o terreno esteja bem firme, a fim de assegurar que as sementes
entrem em contato com o solo
9 - ÁGUA. É muito importante e crucial para o sucesso da semeadura. Molhe constantemente para manter o solo úmido, mas evite excessos para não formar poças ou encharcar a área. Molhe no mínimo 3 vezes ao dia, durante o período de germinação (7 – 12 dias). Após esse período continue molhando uma ou duas vezes por dia, dependendo da temperatura, até o gramado estar formado. Em regiões muito secas, molhe o terreno o quanto necessário para manter o solo úmido.
10 - Em
NPK 10-10-10 ou 20-05-20 ou similar. A adubação irá acelerar o desenvolvimento do
Gramado.
11 - Entre
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Iniciação Científica
- Fase embrionária - Onde os alunos aprendem sobre a manutenção dos espaços educativos promovidos pelo projeto ( aquário; compostagem; minhocário; estufa e reciclagem do papel).
- Fase Larval - Nesta fase os alunos passam a ser multiplicadores dos conhecimentos adquiridos, monitorando e participando das equipes de criação, comunicação e arte.
- Fase Crisálida - É a fase do desenvolvimento da pesquisa, desde a escolha do tema, formulação da questão investigativa. revisão de literatura, determinação dos objetivos, metodologia, coleta de dados, tabulação de dados, análise dos resultados até a redação e apresentação do trabalho científico.
- Fase alada- Fase onde se espera autonomia dos alunos. Os alunos se dedicarão a divulgação da pesquisa realizada e poderão iniciar novas pesquisas.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Jardim dos sonhos ganhando formas!
terça-feira, 26 de julho de 2011
Aprendizagem
terça-feira, 28 de junho de 2011
Mutirão de Castração
sábado, 11 de junho de 2011
Pérolas do Jairo(1)
-"Dezenvolvimento é o conjunto de dez países que se envolvem entre eles".
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Dia da família na escola
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Jardim dos sonhos
Amigos da vida por um dia
sexta-feira, 4 de março de 2011
Caramujo Africano
O molusco foi introduzido no Brasil como uma versão do escargot, mas depois descobriu-se que a espécie não é comestível e transmite doenças.
Trata-se de um molusco grande, terrestre, que, quando adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura, com mais de 200 gramas de peso. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos.
Como recolher o molusco ?
* Manuseie e colete o caramujo com a proteção de luvas ou sacos plásticos (verifique se o saco e as luvas não estão furados).
* Coloque os caramujos africanos em sacos plásticos.
* Lave as mãos após esses procedimentos
Cuidados extras
Doenças
A simples manipulação desses moluscos vivos pode causar contaminação, pois dois tipos de microorganismos perigosos são encontrados em sua secreção.
Um deles é o Angiostrongytus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal.
Os sintomas são dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômito.
O outro é o Angiostrongylos cantonensis, causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.