sexta-feira, 4 de março de 2011

Caramujo Africano

Hoje, os "Amigos da Vida" tiveram uma tarefa muito importante: divulgar na comunidade escolar um alerta sobre um molusco que está causando problemas na região, o caramujo africano. Ele foi introduzido no Brasil durante a moda do prato escargot nos restaurantes brasileiros. Ao passar da febre do modismo, foram descartados na natureza. O molusco que não possui predador natural no Brasil, se proliferou e hoje é praga em algumas regiões. O problema ainda maior é que pode ser transmissor de doenças ao ser manipulado. O alerta dos amigos da vida foi para que ao encontrarem o molusco pela escola, não toquem nos indivíduos, pois já estão sendo tomadas as devidas providências.
Saiba mais sobre esse molusco:

O Caramujo-gigante-africano (de nome científico Achatina fulica) é um molusco da classe Gastropoda, de concha cônica marrom ou mosqueada de tons claros. Nativo no leste-nordeste da África,
O animal pode ser encontrado em hortas, jardins, plantações e armazéns de grãos e possui uma significativa resistência à seca e ao frio.

O molusco foi introduzido no Brasil como uma versão do escargot, mas depois descobriu-se que a espécie não é comestível e transmite doenças.

Trata-se de um molusco grande, terrestre, que, quando adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e 8 centímetros de largura, com mais de 200 gramas de peso. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos.

Como recolher o molusco ?

* A orientação é para que os próprios moradores façam o recolhimento dos moluscos e, munidos de luvas descartáveis para não ter contato com o caramujo, os coloquem em recepientes com tampa.
Para exterminar este caramujo, é necessário queimá-lo completamente, pois, caso contrário, os vermes continuam no local.

* Manuseie e colete o caramujo com a proteção de luvas ou sacos plásticos (verifique se o saco e as luvas não estão furados).

* Não coma, não beba, não fume e não leve a mão à boca, durante o manuseio do caramujo.
Caso queira comer, beber ou fumar, tire as luvas e lave as mãos após ter tido contato com o caramujo.

* Coloque os caramujos africanos em sacos plásticos.

* Para exterminar os caramujos, matenha-os dentro de dois sacos plásticos e pise em cima com calçado adequado (tênis ou botas) para quebrar as conchas.
Outra alternativa e ferver os caramujos durante 50 minutos.

* Após esses procedimentos enterre-os em valas de 80 cm, jogando cal virgem em cima dos caramujos mortos nos sacos (cuidado, pois a cal virgem é cáustica e queima, causando danos à pele).
Depois cubra a vala com terra.

Atenção: essas valas devem estar distantes de poços ou cisternas.
Caso tenha dúvidas sobre o melhor local para cavar a vala, consulte os órgãos de saúde ou de meio ambiente de seu município.

* Lave as mãos após esses procedimentos

Cuidados extras

Para evitar que os caramujos africanos presentes em propriedades vizinhas cheguem ao seu terreno, prepare uma mistura de sabão em pó e água, formando uma calda forte, e espalhe sobre o muro.
Refaça esse procedimento a cada 3 semanas ou após cada chuva.

Para ingerir verduras, frutas ou legumes de plantações que suspeite apresentar a presença de caramujos africanos:
Observe se as folhas e frutos estão inteiros, ou seja, se não foram comidos por caramujos.
Despreze os vegetais que tiveram contato com os caramujos.

Doenças

A simples manipulação desses moluscos vivos pode causar contaminação, pois dois tipos de microorganismos perigosos são encontrados em sua secreção.

Um deles é o Angiostrongytus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal.

Os sintomas são dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômito.

O outro é o Angiostrongylos cantonensis, causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso.